Os psicólogos são uma das profissões mais atingidas pelo desemprego, com uma taxa de 12%, muito superior à taxa de desemprego do país. Estes dados não contemplam os que se encontram a frequentar acções de formação ou a realizar estágios profissionais do IEFP, por um curto período de 9 meses;
· A maioria dos psicólogos encontra-se a trabalhar em áreas alheias à sua formação (call center; comércio e serviços administrativos, entre outros);
· Os concursos de acesso à carreira Técnica Superior de Saúde, ramo de Psicologia Clínica, no Serviço Nacional de Saúde, estão congelados há anos, estando a maioria dos serviços de saúde assegurados por trabalho voluntário, dando assim o Estado um mau exemplo de aproveitamento de mão de obra gratuita;
· Os psicólogos são sempre esquecidos, enquanto técnicos superiores de saúde (Unidades de Saúde Familiares, Acordo Colectivo de Trabalho para os Hospitais EPE e Entidades Reguladoras de Saúde);
· Não se abrem vagas para os Serviços de Psicologia e Orientação, nas escolas, desde 1997;
· Os psicólogos estão impedidos de leccionar a disciplina de Psicologia no ensino secundário, problema que se arrasta há dezenas de anos, com sério prejuízo para a formação dos alunos. Por despacho do Ministério da Educação, os psicólogos já não podem leccionar no ensino particular e cooperativo, nem em instituições de formação profissional;
· Muitos dos que estão inseridos no mercado de trabalho encontram-se em situações precárias, no que concerne ao abuso da prática de recibos verdes ou dos contratos a prazo, o que revela uma grande instabilidade, quer para o profissional, quer para as instituições, quer para os utentes;
· As tabelas salariais das IPSS’s estão muito abaixo das tabelas aplicadas no regime da administração pública, com uma diferença de 200 €;
· Os psicólogos estão a ser vítimas do afastamento do exercício da sua profissão, com sérios prejuízos para o país e para a sua a sua própria classe profissional. Não há psicólogos suficientes para servir a população, não por falta de profissionais, mas por falta de contratação.
para participar no abaixo-assinado é já aqui:
http://www.snp.pt/abaixoassin2.htm