Uma notícia já do ano passado, com um quote fascinante do Ramos Rosa, na inauguração da Biblioteca com o seu nome, na Cova da Moura:
“Estou num lugar mágico de vida e sensibilidade. Isto é que é Portugal. Um lugar mestiço. Faz-me lembrar as mantas de retalhos que minha mãe fazia. A nossa sociedade é isto e não apenas aquele quotidiano das pessoas esmagadas e inexpressivas que vemos nos transportes públicos.A festa também faz parte da vida e estas pessoas estão vivas. Isto é vida. O humano é divino."
Retirado de http://redeciencia.educ.fc.ul.pt/moinho
e mais um mimo de ARR (quem quiser saber/sentir mais do AAR :retirado de http://www.triplov.com/poesia/ramos_rosa/index.htm )
Não posso adiar o amor para outro século
Não posso
Ainda que o grito sufoque na garganta
Ainda que o ódio estale e crepite e arda
Sob montanhas cinzentas
E montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
Que é uma arma de dois gumes
Amor e ódio
Não posso adiar
Ainda que a noite pese séculos sobre as costas
E a aurora indecisa demore
Não posso adiar para outro século a minha vida
Nem o meu amor
Nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
Sem comentários:
Enviar um comentário